domingo, 27 de outubro de 2013

Comentários são bem-vindos

Olá, amigos! Se gostou de alguma publicação, deixe seu comentário. E se não gostou, pode deixá-lo também. Isso me auxiliará no aperfeiçoamento de meus textos. Gosto muito da interação com meus leitores. Abraço!

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

MATRIZ DE REFERÊNCIA PARA REDAÇÃO 2013 – DETALHAMENTO POR COMPETÊNCIA - RESUMO

MATRIZ DE REFERÊNCIA PARA REDAÇÃO 2013 – DETALHAMENTO POR COMPETÊNCIA

Competência 1 – Demonstrar domínio da modalidade escrita formal da Língua Portuguesa: As pessoas não escrevem e falam do mesmo modo. Deve-se evitar, ao relacionar ideias, o emprego repetido de palavras, como “e”, “aí”, “daí”, “então”, próprias de um uso mais informal. Também não se deve iniciar o texto com “Bom,...”
Importante obedecer às regras de:
  • concordância nominal e verbal;
  • regência nominal e verbal;
  • pontuação;
  • flexão de nomes e verbos;
  • colocação de pronomes oblíquos (átonos e tônicos);
  • grafia das palavras (inclusive acentuação gráfica e emprego de letras
  • maiúsculas e minúsculas); e
  • divisão silábica na mudança de linha (translineação).
Competência 2 – Compreender a proposta de redação e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o tema, dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo em prosa
a) Ler com atenção a proposta da redação e os textos motivadores, para compreender bem o que está sendo solicitado.
b) Evitar ficar preso às ideias desenvolvidas nos textos motivadores, porque foram apresentados apenas para despertar uma reflexão sobre o tema e não para limitar sua criatividade.
c) Não copie trechos dos textos motivadores. Eles foram apresentados apenas para despertar seus conhecimentos sobre o tema.
d) Reflita sobre o tema proposto para decidir como abordá-lo, qual será seu ponto de vista e como defendê-lo.
e) Reúna todas as ideias que lhe ocorrerem sobre o tema, procurando organizá-las em uma estrutura coerente para usá-las no desenvolvimento do seu texto.
f) Desenvolva o tema de forma consistente para que o leitor possa acompanhar o seu raciocínio facilmente;
g) Lembre-se de que cada parágrafo deve desenvolver um tópico frasal.
h) Examine, com atenção, a introdução e a conclusão para ver se há coerência entre o início e o fim.
i) Utilize informações de várias áreas do conhecimento, demonstrando que você está atualizado em relação ao que acontece no mundo.
j) Evite recorrer a reflexões previsíveis, que demonstram pouca originalidade no desenvolvimento do tema proposto.
l) Mantenha-se dentro dos limites do tema proposto, tomando cuidado para não se afastar do seu foco. Esse é um dos principais problemas identificados nas redações. Nesse caso, duas situações podem ocorrer: fuga total ao tema ou fuga parcial ao tema.
Competência 3 – Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista
É preciso que elabore um texto que apresente, claramente, uma ideia a ser defendida e os argumentos que justifiquem a posição assumida por você em relação à temática exigida pela proposta de redação.
ü  apresentar seu ponto de vista sobre o assunto,
ü  justificar esse ponto de vista através de argumentos,
ü  defender seus argumentos com fundamentos que comprovem suas ideias,
ü  convencer o leitor de que você tem razão, que seu ponto de vista é verdadeiro.
Importante nessa competência a organização e coerência das ideias.
Obs.: Se for defender o tema com três argumentos, o texto terá cinco parágrafos

Competência 4 – Demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação:
Os aspectos a serem avaliados nesta Competência dizem respeito à estruturação lógica e formal entre as partes da redação. A organização textual exige que as frases e os parágrafos estabeleçam entre si uma relação que garanta a sequenciação coerente do texto e a interdependência entre as ideias. Esse encadeamento pode ser expresso por conjunções, por determinadas palavras, ou pode ser inferido a partir da articulação dessas ideias. Preposições, conjunções, advérbios e locuções adverbiais são responsáveis pela coesão do texto, porque estabelecem uma inter-relação entre orações, frases e parágrafos.
Frases-modelo, para o início da introdução e também para iniciar o 1º parágrafo do desenvolvimento
  • É de conhecimento geral que ... Muito se tem discutido, recentemente, acerca de ...
  • Muito se debate, hoje em dia, ... (A) ..... é de fundamental importância em ....
  • É indiscutível que ... / É inegável que ...
Elementos coesivos para ligar os parágrafos do desenvolvimento:
·         Além disso ...  Outro fator existente ...  Outra preocupação constante ... Ainda convém lembrar 
  •       *Por outro lado ... *Porém...  *todavia...  *no entanto... *entretanto... *mas... *contudo

Expressões que indicam conclusão:
·         Tendo em vista os aspectos observados somos levados a acreditar que...
·         Levando-se em conta o que foi discutido pode-se perceber que...
·         Em virtude do que foi mencionado, só nos resta esperar que,,,
·         Por tudo isso, pode-se entender que...

Competência 5 – Elaborar proposta de intervenção para o problema abordado, respeitando os direitos humanos:
A proposta de intervenção precisa ser detalhada de modo a permitir ao leitor possa julgar se ela pode ser executada ou não portanto, deve conter a exposição da intervenção sugerida e o detalhamento dos meios para realizá-la. A proposta deve, ainda, refletir os conhecimentos de mundo de quem a redige, e a coerência da argumentação será um dos aspectos decisivos no processo de avaliação. É necessário que ela respeite os direitos humanos, que não rompa com valores, como cidadania, liberdade, solidariedade e diversidade cultural. Essa competência será avaliada  com base na combinação dos seguintes
critérios:
a) presença de proposta x ausência de proposta; e

b) proposta com detalhamento dos meios para sua realização x proposta sem o detalhamento dos meios para sua realização.

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Reflexões sobre cenários de mudança

Precisamos compreender que vivemos em um tempo de transição, no qual os con­flitos culturais entre diferentes gerações são naturais e se refletem intensamente no con­texto escolar. Com isso, não estamos afirmando que seja uma situação confortável, apenas alertamos que os conflitos são inevitáveis. Anísio Teixeira (2004), proeminente educador brasileiro, apresenta um olhar visionário, no artigo “Mestres do Amanhã”, publicado originalmente em 1963. Nesse artigo, o autor alerta acerca dos aspectos ne­gativos dos novos cenários dominados por mídias (naquela época, a TV, o cinema e os jornais de grande circulação) e também para a necessidade dos educadores aceitarem as mudanças, de forma a criar possibilidades de conduzi-las com mais consciência e criticidade.
“Ou melhor, todos sabemos, pois ninguém desconhece que, se a educação é cada vez mais fraca, o anúncio e a propaganda são cada vez mais fortes em nossa sociedade – sobretudo nos países em que já se fez afluente – é uma sociedade cujo obje­tivo se reduz ao de consumir cada vez maiores quantidades de bens materiais. Conseguimos condicionar o homem para essa carreira de consumo, inventando necessidades e lançando-o em um delírio de busca ilimitada de excitação e falsos bens materiais. Ora, se o anúncio logrou obter isto, foi porque os meios de influir e condicionar o homem se fizeram extrema­mente eficazes” (TEIXEIRA, 2004, p. 147).
“[...] todas essas considerações nascem de uma atitude de aceitação do progresso científico moderno, de aceitação das terríveis mudanças que este progresso esta impondo à vida humana e da crença de que ainda não fizeram em educação o que deveria ser feito para preparar o homem para a época para o que foi arrastado pelo seu próprio poder criador. Todo o nos­so passado, nossos mais caros preconceitos, nossos hábitos mais queridos, nossa agradável vida paroquial, tudo isto se le­vanta contra o tumulto e a confusão de uma mudança profunda de cultura, como a que estamos sofrendo. A mocidade, contu­do está a aceitar esta mudança, é verdade que um tanto passi­vamente, mas sem nada que lembre a nossa inconformidade. A mudança, todos sabemos, é irreversível. Só conseguiremos restaurar-lhe a harmonia, se conseguirmos construir uma edu­cação que a aceite, a ilumine e a conduza em um sentido hu­mano” (TEIXEIRA, 2004, p. 148).32
Ao discorrer sobre as influências das tecnologias na formação das novas gerações, o autor possui um olhar bastante crítico dos riscos da falta de domínio e criticidade acerca da técnica. Ele também traz luz ao papel central da educação para preparar os sujeitos a uma postura compatível com os desafios vislumbrados:
“A verdade é que cada meio novo de comunicação, ao surgir, não produz imediatamente os resultados esperados, mas, mui­tas vezes, a difusão do que há de menos interessante, embora mais aparentemente popular, na cultura comum” (TEIXEIRA, 2004, p. 144).
É realmente incrível a forma como as crianças de hoje integram com naturalidade as mais recentes funcionalidades de inúmeros dispositivos eletrônicos. Prensky (2001) explica que pessoas com mais de 20 anos são “imigrantes” na cultura das novas tec­nologias, como a Internet. Ou seja, nasceram em outro meio e, assim, desenvolveram outras formas de interagir e construir conhecimentos diferentes das novas gerações, denominados “nativos” dessa cultura. O termo “novas mídias” está sendo aqui usado, conforme abordagem de Ito et al. (2010), para descrever uma ecologia na qual as mídias mais tradicionais, como livros, televisão e rádio, entrecruzam-se com mídia digital, es­pecialmente mídias interativas e voltadas para comunidades sociais.
Diversão é sempre uma boa estratégia e ajuda na aprendizagem! Portanto, sepa­ramos mais um vídeo para você se divertir enquanto reflete sobre as diferenças entre imigrantes e nativos da era das novas tecnologias: “Book: a revolução tecnológica”, disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=5q8dufkVj_c&feature=related
“Hoje o jovem estudante cresce num mundo eletricamente es­truturado. Não é um mundo de rodas, mas de circuitos, não é um mundo de fragmentos, mas de configurações e estrutu­ras. O estudante hoje vive miticamente e em profundidade. Na escola, no entanto, ele encontra uma situação organizada se­gundo a informação classificada. Os assuntos não são rela­cionados. Eles são visualmente concebidos em termos de um projeto ou planta arquitetônica. O estudante não encontra meio possível de participar dele, nem consegue descobrir como a cena educacional se liga ao mundo mítico dos dados e expe­riências processados eletronicamente e que para ele constitui ponto pacífico. Como diz um executivo da IBM: “Quando entra­ram para o primeiro ano, minhas crianças já tinham vivido diver­sas existências, em comparação aos seus avós” (MCLUHAN, 2005, p.11).
No livro Hanging Out, Messing Around, and Geeking Out (ITO et al., 2010), 28 pesquisadores e colaboradores, integraram seus resultados de estudos de grande ampli­tude em amostras de práticas dos jovens dos EUA. A abordagem do trabalho foca na do­cumentação, com riqueza de detalhes, para mostrar como os jovens estão aplicando as mídias e tecnologias em seus cotidianos. Os autores descortinam uma cultura com uma linguagem midiática, interações sociais em rede, atividades autodirigidas que levam a diversas inovações e rupturas com as gerações anteriores. Conforme expõe Ito et al.:
“Há um discurso crescente da opinião pública (tanto esperan­çoso quanto com medo), que declara que o uso que os jovens fazem da mídia e tecnologias de comunicação digitais define uma identidade geracional distinta da dos mais velhos. Além dessa ruptura entre gerações, essas novas práticas estão vin­culadas ao que David Buckingham (2007, p. 96) tem chama­do de “fosso digital” entre o uso na escola e fora dela. Ele vê isso como sintoma de um fenômeno maior ̶ o fosso muito mais amplo e cada vez maior entre a vida de todos os dias fora da escola e as intenções e objetivos dos sistemas educacio­nais. Ambos os fossos são parte de um conjunto persistente de questões sobre a autoridade dos adultos na educação e na socialização dos jovens. O discurso das gerações e juventu­des digitais postula que as novas mídias capacitam os jovens a desafiar de modos inusitados as normas sociais e as agendas educacionais” (2010, p. 2, tradução nossa).
Ainda no contexto estadunidense, Prensky (2001) salienta o desinteresse dos estu­dantes “nativos” da cultura virtual pela escola e pelas aulas. Professores “imigrantes” não compreendem a linguagem das novas gerações e desconsideram ou desqualificam suas características e necessidades específicas.
“Professores imigrantes digitais ao assumir que os alunos são iguais a como eles sempre foram, concluem que os mesmos métodos que os seus professores usavam devem agora funcio­nar com seus estudantes. Mas esta suposição não é válida. Os estudantes de hoje são diferentes. “www.faminto.com”, disse um estudante da escolar infantil recentemente na hora do lan­che. “Toda vez que eu vou pro Colégio, eu tenho que me desli­gar”, reclama um estudante do ensino médio. O que acontece? Os nativos não conseguem ou não querem prestar atenção? Muitas vezes, do ponto de vista dos nativos, seus professores imigrantes é que fazem não valer a pena prestar atenção se comparado a qualquer outra experiência que eles podem ter – e como eles ainda reclamam por não prestarem atenção, mais e mais eles deixam de prestar” (PRENSKY, 2001, p. 3).
O depoimento do estudante de como se sente desconfortável e desestimulado no ambiente escolar é bastante inquietante. Enquanto educadores, conscientes da impor­tância da educação e da escola, entristecermo-nos facilmente com esses fatos, certo? Ops, cuidado! Não vamos nos abalar! Lembre-se de que vivemos tempos conturbados e conflituosos. Essa consciência nos permitirá exercer o papel essencial de aplicar nossa experiência e senso crítico para vislumbrar horizontes mais amplos, para além das con­fusões e descompassos da realidade atual. Mantenha-se firme na postura investigativa, tentando compreender os erros do presente sem “culpabilidades” ou outros sentimentos desmobilizadores. Combinado?
Excelente! Vamos então continuar jogando mais luz em aspectos ainda nebulosos da relação entre escola e cultura jovem tecnificada. Será que podemos traçar paralelos entre a realidade brasileira e a estadunidense? Parece que sim, em tempos de globaliza­ção, já que os fenômenos tendem a se espalhar. Os comportamentos que configuram a cultura jovem costumam surgir nos países ditos de “primeiro” mundo e são rapidamente transmitidos para os demais. Desde a década de 60, Teixeira (2004) já apontava essas influências globais:

“Não se diga que estou a apresentar observações que somente se aplicam às sociedades afluentes. O caso dos países subde­senvolvidos não é diverso, porque os recursos tecnológicos da propaganda e do anúncio também já lhe chegaram e não lhe será possível repetir a história dos sistemas escolares, mas adaptar-se às formas mais recentes da escola de hoje. Está claro que concretamente seu problema é diverso. A sua luta não é ainda para comandar a produtividade, mas para chegar á produtividade. 

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Atenção, participantes do ENEM 2013! Os dias de realização das provas estão se aproximando! Minha torcida é para que todos tenham um ótimo resultado nessas avaliações. E para que você faça uma boa redação, o MEC publicou o Guia de Redação, com informações bem interessantes para evitar alguns erros que deixam muitos pelo meio do caminho. Clik no link e baixe o seu guia. Não esqueça, as provas acontecerão nos dias 27 e 28 de outubro. Boa sorte 

quinta-feira, 24 de junho de 2010

TEXTO DISSERTATIVO-ARGUMENTATIVO

O texto argumentativo consiste em:
apresentar seu ponto de vista sobre determinado assunto,
justificar esse ponto de vista através de argumentos,
defender seus argumentos com fundamentos que comprovem suas idéias,
convencer o leitor de que você tem razão, que seu ponto de vista é verdadeiro.
OBSERVAÇÕES:
O ponto de vista é a sua opinião sobre o assunto da redação.
Justificar com argumentos, é dar porquês para a sua opinião.
A defesa de seus argumentos deve ser baseada em provas demonstráveis através de fatos-exemplo, dados estatísticos, pesquisas, experiências comprovadas, informações dos meios de comunicação, etc.

ESQUEMA BÁSICO DO TEXTO ARGUMENTATIVO

INTRODUÇÃO - 1.º parágrafo
Ponto de vista + argumento 1
+ argumento 2 + argumento 3

DESENVOLVIMENTO -
Desenvolvimento do argumento 1 - 2.º parágrafo

Desenvolvimento do argumento 2 - 3.º parágrafo

Desenvolvimento do argumento 3 - 4.º parágrafo

CONCLUSÃO - 5.º parágrafo
Expressão que indica conclusão + reafirmação do ponto de vista + comentário final

O esquema acima pode ser utilizado para redigir qualquer tipo de texto argumentativo. Ele é útil para estruturar satisfatoriamente os argumentos, garantindo ainda organização e coerência à redação, dessa forma, uma redação com três argumentos será organizada em cinco parágrafos, cada um contendo de cinco a oito linhas. Com isso sua redação constará de 25 a 40 linhas.